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Segundo uma pesquisa da startup INFLR, 75% dos jovens brasileiros sonham em se tornar influenciadores digitais. O dado reflete a crescente popularidade dessa carreira, que oferece a promessa de fama, flexibilidade e riqueza rápida, especialmente em meio à geração Z. Com mais de 500 mil influenciadores apenas no Instagram no Brasil, o país lidera em número de creators na plataforma.
Especialistas apontam que o desejo de ser influencer está ligado à ilusão de um estilo de vida glamoroso e imediato. A psicanalista Cínthia Demaria observa que muitos jovens veem na carreira a chance de alcançar status e consumo que, em outras profissões, levariam anos de dedicação. Além disso, o publicitário Luiz Lana ressalta que a ascensão digital contribui para essa tendência, com a criação de conteúdo sendo mais acessível e atraente.
No entanto, a realidade da profissão pode ser menos encantadora do que parece. A exposição constante, a pressão por relevância e a perda de privacidade são desafios enfrentados por influenciadores. A psicóloga Ana Luísa Bolívar alerta para a necessidade de limites e discernimento ao se expor na internet, especialmente para jovens que ainda estão em formação emocional.
A influenciadora Bia Herrero, com mais de 5 milhões de seguidores, confirma os desafios psicológicos do trabalho, destacando a importância de ter uma “cabeça forte” para lidar com a pressão pública e as críticas.
Para pais e aspirantes, o diálogo é essencial na escolha da profissão. Especialistas recomendam que os pais orientem seus filhos sobre os riscos e responsabilidades dessa carreira, ajudando-os a construir expectativas realistas e saudáveis.