O Aeródromo de Betim, atualmente com cerca de 30% das obras concluídas, é uma das grandes apostas para diversificar e fortalecer a economia da cidade e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Com previsão para começar a operar até 2027, o projeto já recebeu investimentos entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões, combinando infraestrutura pública e exploração privada.
Segundo o prefeito eleito Heron Guimarães, o aeroporto será estratégico para a logística e a aviação executiva, com infraestrutura voltada para cargas, voos charter e formação técnica no setor. A pista, de mais de 2 km, será pública, enquanto a exploração de hangares e o desenvolvimento de uma aerocity estarão sob gestão privada.
Terceiro ciclo econômico de Betim
Histórico polo industrial e logístico, Betim já vivenciou dois ciclos marcantes de desenvolvimento: a instalação da Refinaria Gabriel Passos (Regap) em 1968 e a chegada da Fiat (hoje Stellantis) na década de 1970. O aeroporto marca o terceiro ciclo, que promete transformar a cidade em referência logística no Estado.
Além do aeroporto, Heron destacou outros projetos estruturantes como a construção de um autódromo, parque de exposições e um estádio. Esses empreendimentos visam ampliar a arrecadação municipal e atrair novos investimentos privados.
Desafios e potencial
Embora otimista, o prefeito eleito ressalta desafios na saúde, mobilidade e no transporte público, que ainda requerem soluções para atender melhor a população de 411 mil habitantes.
Com relação ao projeto do Rodoanel, Heron pretende buscar um diálogo mais amplo com o governo estadual para evitar impactos negativos às comunidades locais e ajustar traçados.
Início das operações
A previsão é que o aeroporto esteja operacional dentro de dois a três anos, dependendo de fatores técnicos e burocráticos. Todos os licenciamentos ambientais já foram aprovados, e as obras estão avançando para as próximas fases.
O novo aeroporto promete transformar Betim em um dos principais polos logísticos do Brasil, beneficiando também toda a RMBH.
