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Depois de cinco meses fechado, o aeroporto Salgado Filho, localizado em Porto Alegre (RS), voltou a receber voos comerciais nesta segunda-feira, 21 de outubro de 2024. O principal terminal aéreo do Estado esteve fora de operação por 162 dias devido às fortes chuvas que atingiram a região Sul do Brasil no final de abril e início de maio.
A retomada das operações será gradual, com o aeroporto funcionando inicialmente com 70% de sua capacidade. Serão 128 voos diários, o que representa 896 viagens semanais. A expectativa do governo é que o Salgado Filho recupere 100% de sua capacidade até 16 de dezembro. Nesta primeira etapa de reabertura, o terminal atenderá apenas voos nacionais, enquanto os internacionais devem voltar a operar no último mês do ano.
Para esta segunda-feira, estão confirmados 71 voos, sendo 37 partidas e 34 chegadas. Cerca de 9 mil passageiros são esperados nas rotas que conectam Porto Alegre a cidades como São Paulo, Guarulhos, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
A reabertura do Salgado Filho é vista como uma prioridade no esforço de reconstrução do Estado liderado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O terminal é um dos maiores do Brasil e desempenha um papel fundamental tanto na economia do Rio Grande do Sul quanto nas operações das companhias aéreas.
O fechamento do aeroporto impactou significativamente as empresas aéreas, sendo citado no balanço do segundo trimestre da Azul como um dos fatores que pressionaram as contas da companhia no período. O primeiro voo comercial a pousar no Salgado Filho foi um Airbus A320 da Azul, vindo do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. O avião, que chegou às 8h10, contou com uma pintura especial em homenagem à cultura gaúcha e teve uma tripulação composta por gaúchos, além da presença do CEO da Azul, John Rodgerson.
Chuvas no Rio Grande do Sul
O aeroporto Salgado Filho ficou fechado desde maio, com aproximadamente 75% de sua pista de pousos e decolagens submersa devido às enchentes causadas pelas chuvas. Durante esse período, os voos com destino à Região Metropolitana de Porto Alegre foram desviados para a Base Aérea de Canoas, localizada a cerca de 10 km do Salgado Filho.
As chuvas que atingiram o Estado entre abril e maio afetaram mais de 2 milhões de pessoas. O governo estadual classificou a situação como “a maior catástrofe climática” da história do Rio Grande do Sul.