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A dívida pública federal do Brasil registrou um aumento de 2,25% em junho de 2024, totalizando R$ 7,07 trilhões, o que representa um acréscimo nominal de R$ 155,81 bilhões em comparação com maio de 2024. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29 de julho de 2024). Confira o relatório completo aqui.
Detalhamento do Crescimento
O aumento da dívida foi impulsionado por uma emissão líquida de R$ 82,20 bilhões e pela apropriação positiva de juros de R$ 73,80 bilhões. A emissão líquida ocorre quando o governo emite mais títulos do que resgata, e a apropriação positiva de juros se refere ao retorno obtido com aplicações, que superou a remuneração paga pelo Tesouro aos detentores da dívida.
Capacidade de Pagamento e Reserva de Liquidez
A dívida pública federal é um indicador crucial para avaliar a capacidade de pagamento do país, sendo monitorada por agências globais de classificação de risco. Em junho de 2024, a dívida federal se manteve dentro do intervalo estipulado pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que é de R$ 7 trilhões a R$ 7,4 trilhões para o ano.
A DPMFi (Dívida Pública Mobiliária Federal interna), que pode ser paga em moeda nacional, aumentou 1,93%, passando de R$ 6,63 trilhões para R$ 6,75 trilhões. Já a DPFe (Dívida Pública Federal externa) teve um crescimento mais acentuado de 9,86%, totalizando R$ 313,61 bilhões (US$ 56,42 bilhões).
A reserva de liquidez, ou “colchão da dívida”, aumentou 7,05%, chegando a R$ 1,10 trilhão, suficiente para cobrir 8,2 meses de vencimentos da dívida. Em comparação com junho de 2023, houve um aumento nominal de 1,23%.
Detentores da Dívida
As Instituições Financeiras continuam sendo o maior grupo detentor da dívida federal, com uma alta no estoque de R$ 2,01 trilhões para R$ 2,07 trilhões, aumentando sua participação relativa de 30,41% para 30,70%.