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As companhias aéreas Azul e Gol estão explorando a possibilidade de fusão após a assinatura de um memorando de entendimento entre a Azul e a Abra, principal credora e investidora da Gol. A conclusão da transação depende da finalização do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, conhecido como Chapter 11, que prevê a conversão de parte de suas dívidas em capital.
Detalhes do Acordo
- Manutenção de Identidades: Caso a fusão seja efetivada, ambas as empresas continuarão operando com marcas e estruturas independentes.
- Dívidas Fiscais: A Gol firmou recentemente um acordo com o governo brasileiro para quitar débitos de R$ 5,5 bilhões, incluindo descontos sobre multas e juros.
Recuperação Judicial e Reestruturação
O Chapter 11, modelo de recuperação judicial nos EUA, permite a renegociação de dívidas com supervisão judicial enquanto a empresa segue operando. A Gol espera levantar US$ 1,85 bilhão (R$ 11,2 bilhões) em capital para reforçar sua liquidez, além de considerar a emissão de novas ações.
As próximas etapas incluem:
- 15 de janeiro de 2025: Primeira audiência com credores em Nova York.
- 7 de março de 2025: Audiência para aprovação do plano de reestruturação.
Impacto no Setor Aéreo
A fusão poderá criar uma gigante aérea brasileira, fortalecendo a competitividade no mercado doméstico e internacional. Segundo especialistas, o modelo de reestruturação financeira adotado tem histórico de sucesso com companhias como United Airlines, Delta, e Aeroméxico.
Essa possível fusão representa um marco para o setor de aviação no Brasil, ampliando o alcance das operações e oferecendo maior estabilidade financeira para ambas as empresas.