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O Bitcoin (BTC) atingiu pela primeira vez o valor de R$ 500 mil no Brasil, na segunda-feira, 11 de novembro de 2024. Esse novo marco histórico para a criptomoeda é resultado de dois fatores: o aumento expressivo do preço global do BTC e a desvalorização do real frente ao dólar. A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA contribuiu para esse movimento, já que as promessas de um ambiente regulatório mais favorável às criptomoedas impulsionaram a confiança dos investidores.
Aumento do Bitcoin após a vitória de Trump
O preço do Bitcoin subiu para US$ 88 mil, consolidando sua máxima histórica, com expectativas de que as políticas de Trump possam impulsionar ainda mais o mercado de criptomoedas. Durante a campanha, o presidente eleito mencionou o BTC como um ativo estratégico para os EUA e indicou que o governo poderia adquirir reservas em Bitcoin, algo que os investidores acreditam que estabilizaria o mercado e ampliaria a demanda pela criptomoeda.
Capitalização recorde do Bitcoin
Além do aumento de preço, o Bitcoin também ultrapassou US$ 1,8 trilhão em capitalização de mercado. Esse resultado foi amplificado pelo interesse de grandes fundos como o Bitcoin Trust da BlackRock, que atraiu mais de US$ 1,1 bilhão em um único dia. A confiança no Bitcoin também se reflete em outros ETFs, como os de Fidelity e ARK 21Shares, que juntos somaram US$ 1,34 bilhão em novos investimentos.
Alta do dólar e impacto no Brasil
A valorização do dólar, provocada pela vitória de Trump, também foi um dos fatores que aumentaram o preço do Bitcoin no Brasil. A moeda americana ganhou força globalmente, pressionando o real e outras moedas, como o euro. A política protecionista de Trump e suas possíveis barreiras comerciais aumentam as expectativas de inflação nos EUA, o que pode manter os juros altos e atrair capital estrangeiro.
Incerteza fiscal no Brasil
No cenário doméstico, as preocupações fiscais continuam pressionando o câmbio. A falta de um plano claro por parte do governo brasileiro para conter os gastos públicos, somada à possível inflação e à manutenção de juros elevados, contribui para a desvalorização do real. As negociações entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Lula sobre cortes no orçamento não têm avançado, aumentando a incerteza entre os investidores.