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Bolívia passou por uma tentativa de golpe de estado que culminou com a invasão do Palácio Quemado, sede do governo em La Paz, por militares. Após o alerta de golpe de estado, o presidente Luis Arce nomeou três novos chefes para as Forças Armadas, resultando na retirada das tropas que cercavam o palácio.
Em uma imagem divulgada pela Bolivisión, Arce é visto conversando com o ex-comandante das Forças Armadas, acompanhado de aliados próximos. A nomeação dos novos comandantes foi uma medida crucial para restaurar a ordem e a confiança no governo.
Depois do anúncio, os militares que haviam tomado posições em torno do Palácio Quemado começaram a se retirar, trazendo um alívio temporário à população e à comunidade internacional, que acompanhava a situação com apreensão.
A crise teve início quando unidades do Exército se movimentaram de maneira suspeita, levando Arce a denunciar “mobilizações irregulares” e Evo Morales, ex-presidente e atual opositor de Arce, a falar em “golpe de Estado”. Morales acusou o ex-comandante do Exército, general Juan José Zuñiga, de estar por trás da tentativa de golpe e convocou uma mobilização nacional para defender a democracia.
A comunidade internacional reagiu rapidamente. A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) pediu uma reunião de emergência, enquanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a ex-presidente boliviana Jeanine Áñez condenaram a ação militar e pediram respeito à democracia.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também se envolveu, convocando uma reunião com seu ministro das Relações Exteriores e seu assessor especial para discutir a situação. Lula reafirmou seu compromisso com a democracia na América Latina e pediu informações detalhadas sobre o incidente antes de tomar uma posição oficial.
Com a retirada dos militares e a nomeação dos novos chefes das Forças Armadas, a Bolívia começa a retomar a normalidade, mas a situação permanece delicada e sob vigilância global.