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Guilherme Boulos (PSOL) foi o candidato que mais gastou no 1º turno das eleições municipais de 2024 entre os postulantes que foram eleitos ou que avançaram para o 2º turno nas capitais. Boulos desembolsou R$ 46,15 milhões em sua campanha à Prefeitura de São Paulo, o que equivale a R$ 25,98 por cada voto obtido no 1º turno. Ele enfrentará Ricardo Nunes (MDB), o segundo maior gastador entre os candidatos, que utilizou R$ 29,68 milhões em sua campanha.
O levantamento realizado com base nos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que, ao todo, os candidatos eleitos ou que irão para o 2º turno nas capitais brasileiras gastaram R$ 298,3 milhões no 1º turno. Desse total, a capital paulista representou 25,4% dos gastos, somando as despesas de Boulos e Nunes.
Destaques de gastos nas capitais
Enquanto São Paulo lidera os gastos, outras cidades apresentaram diferentes perfis de despesas eleitorais. Cristina Graeml (PMB-PR), candidata à Prefeitura de Curitiba, que avançou para o 2º turno, gastou apenas R$ 6.197, sendo a que menos investiu em sua campanha. Em contraste, seu concorrente Eduardo Pimentel (PSD-PR) desembolsou R$ 10,45 milhões.
Entre os prefeitos já eleitos no 1º turno, Tião Bocalom (PL-AC), reeleito em Rio Branco, foi o que menos gastou, com despesas de R$ 499,6 mil. Já Bruno Reis (União Brasil-BA), reeleito em Salvador, foi o vitorioso com o maior gasto entre os eleitos, desembolsando R$ 20,5 milhões.
Custo por voto
Quando analisado o gasto por voto, Janad Valcari (PL-TO), candidata à Prefeitura de Palmas, foi a que mais investiu em termos proporcionais, gastando R$ 127 por voto. Ela irá para o 2º turno contra Eduardo Siqueira Campos (Podemos-TO), que gastou R$ 33,36 por voto.
Cristina Graeml, por outro lado, registrou o menor gasto por voto entre os candidatos, com apenas R$ 0,02 por voto. Já Tião Bocalom, o prefeito eleito com o menor investimento, gastou R$ 4,60 por voto em Rio Branco.
Entre os candidatos eleitos no 1º turno, Topázio (PSD-SC), em Florianópolis, foi o que mais gastou proporcionalmente, com um desembolso de R$ 27,71 por voto.
A análise dos gastos eleitorais reforça a disparidade nas estratégias de campanha entre os candidatos e como esses investimentos influenciam os resultados nas principais cidades do país.