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A China passou de 38º para 1º lugar como parceiro comercial do Brasil, consolidando-se como destino principal das exportações brasileiras desde 2009. Este marco foi atingido após um crescimento impressionante das exportações para o país asiático, que registraram uma alta de 59.300% desde 1981. No ano de 2023, o Brasil alcançou seu melhor resultado histórico, com exportações para a China totalizando US$ 104,3 bilhões, gerando um superavit de US$ 51,1 bilhões.
O economista Ecio Costa, da UFPE, ressalta que o saldo positivo dessa relação ajuda o Brasil a equilibrar suas contas externas e fortalecer suas reservas internacionais. Em julho de 2024, a China respondeu por 33,2% das exportações brasileiras, com destaque para a soja, que liderou as vendas com US$ 24,1 bilhões.
Por outro lado, as importações brasileiras de produtos chineses também tiveram um crescimento significativo. Desde 2018, os produtos chineses dominaram o mercado, superando os dos Estados Unidos. Válvulas, tubos termiônicos e automóveis estão entre os itens mais importados pelo Brasil.
Embora a parceria com a China tenha gerado resultados substanciais, especialistas alertam sobre os riscos de dependência econômica. A concentração de exportações em commodities, como soja e minerais, pode se tornar problemática em caso de desaceleração da economia chinesa ou queda nos preços internacionais desses produtos. Para mitigar esses riscos, economistas recomendam a diversificação das parcerias comerciais do Brasil.