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As negociações entre a indústria farmacêutica Cimed e o Grupo Silvio Santos para a aquisição da Jequiti Cosméticos avançaram significativamente na última semana. De acordo com fontes próximas à negociação, a compra só será concluída se a Cimed conseguir o controle total da companhia.
Expansão e Estratégia
Com novas aquisições no radar desde o ano passado, a Cimed, liderada por João Adibe Marques, está apostando na entrada no mercado de perfumes e maquiagem para sustentar seu crescimento. Em 2023, a empresa atingiu receitas de R$ 3 bilhões e um lucro de R$ 248 milhões. A meta da Cimed é alcançar R$ 5 bilhões de faturamento até 2025.
João Adibe Marques, em entrevista à edição de maio da revista EXAME, expressou seu interesse em explorar mais o canal de vendas diretas, tradicionalmente conhecido como porta a porta. A companhia dispõe de R$ 600 milhões em caixa, após uma emissão de debêntures divulgada no início de maio, e planeja utilizar essa reserva para impulsionar a venda direta de perfumes e maquiagem no último trimestre de 2024. A estratégia envolve o uso de farmácias como pequenos centros de distribuição para vendas diretas ao consumidor final.
Atração da Jequiti
Fundada em 2006, a Jequiti possui um catálogo com mais de 500 produtos, incluindo perfumaria, maquiagem e cuidados diários, com atualizações mensais de lançamentos. Um dos maiores atrativos da marca é o seu extenso corpo de consultoras, somando 260 mil em todo o país.
Potencial do Mercado de Venda Direta
O mercado de venda direta emprega atualmente mais de 3,5 milhões de empreendedores independentes no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Venda Direta (ABDV). Este setor se popularizou no imaginário brasileiro através das revendedoras de marcas como Natura, Boticário, Avon e Jequiti.
A aquisição da Jequiti pela Cimed não só representa uma expansão estratégica para a farmacêutica, mas também destaca a importância crescente do canal de vendas diretas no mercado de cosméticos e cuidados pessoais.