- Tempo de leitura:2min
A tensão entre as Coreias voltou a escalar, com o líder norte-coreano, Kim Jong-Un, ameaçando destruir a Coreia do Sul com o uso de armas nucleares em caso de provocação. A declaração foi transmitida pela mídia estatal norte-coreana nesta sexta-feira, 4 de outubro de 2024, em resposta às falas do presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol. No início da semana, Yoon afirmou que a Coreia do Norte entraria em colapso caso utilizasse armas nucleares, intensificando as trocas de ameaças entre os dois países.
A retórica belicosa de Pyongyang surgiu em um momento de alta tensão, após a revelação da existência de novas instalações nucleares na Coreia do Norte e a realização contínua de testes de mísseis balísticos. Esses eventos agravaram ainda mais o cenário de instabilidade na região.
Além disso, fontes indicam que o Parlamento norte-coreano deve formalizar na próxima semana a adoção de uma política hostil de “dois Estados” na Península Coreana, rejeitando qualquer tentativa de reconciliação com a Coreia do Sul.
Durante uma visita a uma unidade militar de operações especiais no dia 2 de outubro, Kim afirmou que, se a soberania de seu país fosse ameaçada, o Exército norte-coreano utilizaria “sem hesitação” todas as suas forças ofensivas, incluindo armamento nuclear. Ele declarou que, caso isso acontecesse, a existência de Seul e da República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul) seria “impossível”, deixando claro que a ameaça nuclear se estende diretamente à capital sul-coreana.
Tensões Persistentes e Riscos Regionais
Trocas de ameaças entre os dois países são frequentes, mas a recente escalada de tensões aumenta os receios de um conflito armado na península. A Coreia do Norte continua seu programa nuclear, desafiando sanções internacionais e preocupando seus vizinhos e a comunidade global.
O clima de incerteza e a retórica agressiva levantam dúvidas sobre a estabilidade na região, enquanto ambos os países permanecem tecnicamente em guerra, uma vez que o conflito de 1950-1953 terminou apenas com um armistício, não um tratado de paz.