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A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 47%, superando numericamente a aprovação, que está em 45%, conforme levantamento realizado pelo PoderData de 25 a 27 de maio de 2024. Esta é a primeira vez desde o início do mandato que a avaliação negativa supera a positiva, embora a situação seja de empate técnico devido à margem de erro de 2 pontos percentuais.
Desde a posse de Lula em janeiro de 2023, o percentual dos que desaprovam seu governo subiu 8 pontos percentuais (de 39% para 47%), enquanto a aprovação caiu 7 pontos percentuais (de 52% para 45%), atingindo a menor taxa da série histórica.
A pesquisa, financiada pelo Poder360 Jornalismo, foi conduzida por meio de 2.500 entrevistas telefônicas em 211 municípios das 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com um intervalo de confiança de 95%. Para obter uma amostra representativa da população, foram realizadas dezenas de milhares de chamadas, muitas vezes ultrapassando 100 mil ligações.
Apoio regional e demográfico
Os dados estratificados mostram que Lula mantém forte apoio apenas no Nordeste, onde a aprovação atinge 53%. No Sudeste, que possui o maior eleitorado do país, há um empate técnico: 44% aprovam e 46% desaprovam o governo. A desaprovação é maior nas regiões Sul (54%), Centro-Oeste (54%) e Norte (52%).
Em termos demográficos, o governo Lula é mais bem avaliado por jovens de 16 a 24 anos (57%) e por idosos com 60 anos ou mais (55%). Por outro lado, a desaprovação é maior entre os que ganham mais de cinco salários mínimos (60%).
Avaliação do trabalho pessoal de Lula
A avaliação pessoal do trabalho de Lula também está em declínio. Os que consideram seu desempenho “ótimo/bom” caíram de 36% em janeiro deste ano para 28% agora. A parcela dos que consideram seu trabalho “ruim/péssimo” se manteve estável, oscilando entre 35% e 37%. Entretanto, há um aumento na avaliação “regular”, que subiu de 22% para 29% no mesmo período.
Esses resultados indicam uma mudança significativa no apoio ao governo, refletindo uma crescente insatisfação entre os eleitores, exceto no Nordeste, onde Lula ainda mantém uma base de apoio sólida.