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O dólar comercial registrou alta de 1,15% nesta segunda-feira (1), fechando a R$ 5,65. A divisa atingiu seu maior valor desde 10 de janeiro de 2022, acumulando um ganho de 16,53% no ano. A alta contínua da moeda é influenciada pelas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central (BC) e seu presidente, Roberto Campos Neto.
Comentários de Lula
- Críticas ao BC: Lula afirmou que o Banco Central autônomo é uma demanda do mercado financeiro e criticou o presidente do BC por priorizar os interesses do mercado ao invés do país.
- Juros Altos: O presidente reiterou que o Brasil não necessita de juros altos no momento, afirmando que o presidente do BC não deveria ser mais importante que o presidente da República.
Reação do Mercado
Renato Gomes, diretor do BC, destacou o compromisso da autoridade monetária com a meta de inflação, mas ressaltou que o custo da desinflação é elevado se o quadro fiscal não ajudar. A alta do dólar também reflete preocupações contínuas com as contas públicas brasileiras e a política monetária do governo.
Dados Recentes
- Fechamento Anterior: Na sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia a R$ 5,5907, em alta de 1,50%.
- Acumulado: Em junho, a moeda subiu 6,46% e, no acumulado do ano, 15,14%.
Cotações Atuais
- Dólar Comercial: Compra a R$ 5,652 e venda a R$ 5,653.
- Dólar Turismo: Compra a R$ 5,666 e venda a R$ 5,846.
Análise
Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, observou que o mercado permanece cauteloso, sem uma direção clara definida. As preocupações com a política fiscal do governo Lula e a política monetária do Banco Central continuam a influenciar a demanda pela moeda norte-americana.