O e-commerce no Brasil está em constante crescimento desde 2014, como apontado pelo estudo “Perfil do E-commerce Brasileiro 2023” da BigDataCorp. Segundo a pesquisa, o número de sites de e-commerce cresceu de 21 milhões em 2022 para quase 24 milhões em 2023, enquanto o número de lojas virtuais aumentou de 1,64 milhão para 1,91 milhão no mesmo período, representando um avanço de mais de 20% ao longo de dez anos.
Outro dado relevante é que a maior parte dos e-commerces no Brasil opera exclusivamente online, sem lojas físicas. Esse número passou de 81,16% em 2022 para 83,46% em 2023, refletindo a consolidação das operações virtuais como um modelo de negócios predominante.
Pandemia: Um Marco na Evolução do E-commerce
Antes mesmo da pandemia, o setor já apresentava crescimento constante. Com o isolamento social em 2020, o e-commerce vivenciou uma aceleração sem precedentes, mudando definitivamente o comportamento do consumidor. Danilo Angelini, consultor de e-commerce, destaca que muitos consumidores superaram o receio de comprar online, especialmente em segmentos como calçados, onde a confiança na numeração dos produtos era uma barreira comum.
Preços Acessíveis e Presença nos Marketplaces
A pesquisa também mostrou uma tendência de redução no preço médio dos produtos vendidos online, com um aumento significativo de itens abaixo de R$ 100. Além disso, os marketplaces continuam sendo fundamentais para o setor, com a maioria das lojas participando de mais de uma plataforma.
Redes Sociais e Marketing Digital: Motores do Crescimento
O uso de redes sociais pelas lojas virtuais cresceu 20% em oito anos, com o Facebook liderando e o TikTok ganhando espaço. As marcas que investem em estratégias digitais e em experiências de compra convenientes, como políticas de frete grátis para trocas, têm se destacado no mercado.
Foco Regional e Perspectivas
Mais da metade das empresas de e-commerce está localizada em São Paulo, reforçando o estado como o principal polo do setor no Brasil. Para o consultor Danilo Angelini, o futuro do e-commerce está nas inovações tecnológicas e na crescente preferência dos consumidores por conveniência e variedade nos canais digitais.
O setor segue otimista, consolidando-se como uma peça-chave para o varejo e contribuindo para mudanças significativas nos hábitos de consumo. O crescimento é reflexo de adaptações rápidas às demandas do mercado, impulsionado por estratégias digitais eficazes e pela confiança cada vez maior nas compras online.
