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A Embraer anunciou nesta terça-feira (23.jul.2024) uma revisão das expectativas de demanda para os próximos 20 anos. Até 2043, a fabricante brasileira estima entregar ao mercado 10.500 aviões de até 150 lugares, uma redução em relação à projeção anterior de 11.000 unidades. A empresa considera a demanda global de jatos, que devem totalizar 8.470, e de aviões turboélices, com 2.030 pedidos. Os pedidos devem somar US$ 640 bilhões em valores comerciais, segundo o Market Outlook 2024.
A América do Norte e a Ásia são esperadas para liderar as entregas. A Embraer enfatiza a importância crescente da categoria small narrowbody, com aviões de até 150 assentos. “Aviões maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ideais para mercados de média e baixa densidade, especialmente quando frequências diárias múltiplas são essenciais para que cidades de menor porte permaneçam bem conectadas”, destaca a empresa.
Demanda Pós-Pandemia e Eficiência
O ambiente pós-pandemia trouxe mudanças significativas. As companhias aéreas estão adicionando capacidade em grandes mercados, mas cidades menores ainda precisam de boa conectividade aérea com voos frequentes. Segundo Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, aeronaves no segmento abaixo de 150 assentos são as mais eficientes e econômicas para atender a essa necessidade. “Frotas com aviões maiores são beneficiadas quando complementadas por small narrowbodies, que podem operar em locais onde não são possíveis jatos maiores e de forma mais lucrativa”, afirma.
Crescimento do Tráfego de Passageiros
A Embraer estima que o tráfego mundial de passageiros, medido em RPK (receita por passageiros por quilômetros), cresça 4% anualmente até 2043. O índice atual já retomou aos níveis de 2019, exceto na região Ásia-Pacífico/China.