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Uma pesquisa da Resume.org revelou que 75% das empresas devem exigir a volta ao escritório por pelo menos três dias por semana. A tendência reflete uma mudança no modelo de trabalho pós-pandemia, à medida que muitas companhias flexibilizaram suas políticas e agora buscam um equilíbrio entre home office e presencial.
O modelo híbrido, com dois dias presenciais, continua sendo o mais adotado no Brasil, praticado por 45% das empresas. No entanto, o crescimento do retorno obrigatório levanta dúvidas entre os trabalhadores, especialmente sobre direitos trabalhistas e possíveis impactos na qualidade de vida.
Trabalho remoto é um direito?
De acordo com a advogada Caren Benevento, especialista em direito do trabalho, o home office não é um direito garantido e sua manutenção depende das condições previstas em contrato. “Se a empresa não ofereceu o teletrabalho como um benefício permanente ou se não há uma cláusula garantindo essa modalidade, o empregador pode exigir o retorno ao escritório”, explica.
Pressão por produtividade ou estratégia de gestão?
A exigência do trabalho presencial está ligada a diversos fatores, como melhoria na colaboração entre equipes, controle de produtividade e até mesmo redução de custos com infraestrutura tecnológica. No entanto, especialistas alertam que forçar o retorno pode gerar insatisfação entre os funcionários, impactando na retenção de talentos.
Pesquisas indicam que trabalhadores priorizam a flexibilidade, e algumas empresas que adotaram o modelo 100% remoto relataram melhoria na produtividade e redução de custos com escritórios.
Com a tendência de retorno presencial crescendo, a discussão sobre direitos trabalhistas e qualidade de vida no trabalho promete continuar nos próximos meses.