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Maior sinistro climático do Brasil supera expectativas e deve crescer ainda mais
As seguradoras brasileiras já registraram mais de R$ 1,67 bilhão em pedidos de indenização pelas fortes chuvas e enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. O levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), apresentado em coletiva à imprensa na sexta-feira (24/05), aponta 23.441 avisos de sinistros até 22 de maio.
Números devem subir:
Apesar do valor expressivo, a CNseg alerta que o montante final deve ser ainda maior. “É um valor considerável, mas a nossa avaliação é que este número crescerá muito nas próximas semanas”, afirma o presidente da entidade, Dyogo Oliveira. Isso porque a maioria dos clientes ainda não acionou suas seguradoras.
Impacto recorde:
As inundações no RS configuram o maior sinistro climático já enfrentado pelas seguradoras no Brasil, superando até mesmo os R$ 7,5 bilhões pagos durante a pandemia de Covid-19.
Produtos mais atingidos:
- Residencial e habitacional: 11.396 sinistros (R$ 240 milhões em indenizações previstas)
- Automovéis: 8.216 sinistros (R$ 557 milhões)
- Agrícola: 993 sinistros (R$ 47 milhões)
Outros destaques:
- Recursos garantidos: As seguradoras asseguram ter reservas técnicas suficientes para honrar os pagamentos.
- Impacto nos preços: Segundo Oliveira, eventos extremos como este não devem pressionar os preços dos seguros no futuro.
- Eventos climáticos frequentes: Apesar disso, o representante do setor alerta para o aumento da frequência de eventos climáticos extremos nos últimos anos.
- Seguro social em debate: A CNseg defende a criação de um seguro social contra catástrofes, com custo mensal entre R$ 2 e R$ 5, para auxiliar a população em situações como as do RS.
Situação no RS:
- Tragédia: As enchentes no Rio Grande do Sul são consideradas uma das maiores catástrofes climáticas do Brasil.
- Números da tragédia: 163 mortes, 72 desaparecidos, mais de 647 mil pessoas afetadas, 65 mil em abrigos e 581 mil em casas de parentes.
- Agilidade das seguradoras: As empresas agilizam os pagamentos, que podem ocorrer em até 48 horas em alguns casos.