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Nesta quinta-feira (1º de agosto), o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou que o candidato opositor Edmundo González Urrutia venceu as recentes eleições presidenciais na Venezuela. A declaração contrasta com a proclamação oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que declarou Nicolás Maduro reeleito para um terceiro mandato consecutivo.
Blinken afirmou que a vitória de González Urrutia é clara para os EUA e, crucialmente, para o povo venezuelano, com base em “evidências esmagadoras”. O CNE, de alinhamento governista, divulgou que Maduro recebeu 51% dos votos, enquanto González Urrutia obteve 44%. No entanto, a oposição argumenta que possui evidências de que González Urrutia teria obtido 67% dos votos.
O clima pós-eleitoral foi marcado por protestos que resultaram em pelo menos 11 mortes, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, embora a oposição estime que o número de vítimas fatais seja de 20.
Tribunal Supremo da Venezuela Convoca Candidatos para ‘Certificar’ Eleições
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, conhecido por seu viés governista, também se envolveu na controvérsia ao convocar todos os candidatos das eleições presidenciais para um processo de certificação dos resultados. O TSJ aceitou um recurso apresentado por Nicolás Maduro, que havia acusado González Urrutia e a ex-deputada María Corina Machado de liderarem um golpe de Estado.
Maduro e González Urrutia, junto com outros candidatos minoritários, foram convocados para comparecer perante o TSJ. A presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, anunciou que o tribunal iniciará uma “investigação e verificação irrestrita” dos resultados eleitorais.
Maduro expressou sua expectativa de que todos os candidatos compareçam ao tribunal, apesar das tensões e acusações que marcaram o processo eleitoral.