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O Departamento de Justiça dos EUA solicitou informações à Saab North America Inc., fabricante sueca, sobre o contrato firmado em 2014 para a venda de 36 caças Gripen E/F ao Brasil. A transação, no valor de US$ 5,4 bilhões, foi parte de um processo investigado por suspeitas de corrupção. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi acusado de tráfico de influência para favorecer a Saab no processo de licitação, mas seus advogados classificam as acusações como “perseguição política”.
O contrato faz parte do Projeto FX-2, iniciado durante o governo de Lula em 2006, que visava modernizar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB). A Saab venceu a concorrência contra os caças F-18 Super Hornet da Boeing e o Rafale da Dassault. O acordo também envolve a transferência de tecnologia, com parte das aeronaves sendo montadas pela Embraer no Brasil.
A Saab, que já entregou as primeiras unidades ao Brasil, afirmou que irá cooperar com a investigação dos EUA, apesar de autoridades brasileiras e suecas já terem encerrado investigações anteriores sem encontrar irregularidades. As ações da empresa sofreram uma queda de 6,38% após a divulgação da intimação.
O contrato com a FAB inclui 40 caças, com possibilidade de mais 26, e representa um dos principais projetos estratégicos do Ministério da Defesa brasileiro.