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Desde a pandemia de COVID-19, o e-commerce no Brasil teve um crescimento significativo, conforme apontado pela Pesquisa Anual de Comércio 2022 (PAC 2022) divulgada pelo IBGE. Antes da pandemia, em 2019, 1,9 mil empresas utilizavam a internet para vendas, representando 4,7% das empresas com 20 ou mais funcionários ou com até 19 funcionários, mas com alta receita. Esse número aumentou para 2,8 mil em 2020 (6,9%), 3,2 mil em 2021 (7,7%) e 3,4 mil em 2022 (8%).
Crescimento no Número de Empresas
Entre 2019 e 2022, houve um aumento de 79,2% no número de empresas varejistas que utilizaram canais digitais para comercialização. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pela necessidade de adaptação às restrições sanitárias durante a pandemia, consolidando o e-commerce como um canal de venda importante mesmo após a retomada das atividades presenciais.
Análise por Segmento
O PAC 2022 também analisou a participação online das empresas por segmento. Supermercados, hipermercados e o comércio de produtos alimentícios, bebidas e fumo tiveram a maior variação em pontos percentuais de 2019 a 2022. Em termos de participação nas vendas pelo e-commerce em 2022, os segmentos se destacaram da seguinte forma:
- Itens de informática e uso doméstico: 20,4%
- Material de construção: 16,3%
- Tecidos, calçados e vestuário: 15%
- Produtos farmacêuticos e cosméticos: 14,3%
- Produtos novos ou usados sem especificação: 10,8%
- Produtos alimentícios, bebidas e fumo: 9,7%
Receita Bruta de Revenda
A receita bruta de revenda também apresentou crescimento, embora com algumas flutuações. Em 2019, representava 5,3% do total das companhias do estrato certo, subindo para 8,4% em 2020, 9,1% em 2021, mas recuando para 8,4% em 2022.
O comércio varejista de informática, comunicação e artigos de uso doméstico obteve a maior fatia, com 60,4% da receita bruta do estrato certo obtida na internet em 2022. Apesar disso, houve uma queda de 3,8 pontos percentuais em comparação aos 64,2% de 2019.
O comércio varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho garantiu 10,4% da receita bruta de revenda das empresas do estrato certo vinda da internet em 2022, 1,6 ponto percentual abaixo dos 12% de 2019.
Crescimento Percentual das Receitas
Entre 2019 e 2022, todos os segmentos analisados apresentaram crescimento percentual das receitas provenientes da internet em relação ao total das receitas brutas. Destaques incluem:
- Informática, comunicação e artigos de uso doméstico: 35,6% do total de receitas pela internet em 2022.
- Tecidos, vestuário, calçados e armarinho: salto de 8,8% em 2019 para 14,7% em 2022.
Conclusão
A pandemia acelerou a adoção do e-commerce entre as empresas brasileiras, que continuam a ver valor nos canais digitais mesmo após o retorno das atividades presenciais. A expansão do e-commerce tem sido impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo a busca por preços mais baixos, a preferência por fontes renováveis de energia e a necessidade de garantir a segurança dos processos de compra e venda.