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O atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), foi reeleito neste domingo (27) para mais um mandato à frente da prefeitura da capital mineira, de acordo com a projeção do Datafolha. Com 87,49% das urnas apuradas, Fuad consolidou sua vitória com 53,88% dos votos válidos, derrotando o adversário Bruno Engler (PL), que obteve 46,12% dos votos.
A reeleição de Fuad Noman representa uma virada significativa, já que Bruno Engler liderou o primeiro turno, realizado no dia 6 de outubro, com 34% dos votos, enquanto Fuad alcançou apenas 26%. Nas semanas seguintes, o atual prefeito angariou apoios importantes, principalmente de partidos de esquerda. O candidato derrotado no primeiro turno, Rogério Correia (PT), foi um dos que declararam apoio a Fuad, ressaltando a importância de formar uma frente “antifascista e antibolsonarista” para evitar a ascensão da direita na cidade.
Mesmo com o apoio do Republicanos, de Mauro Tramonte, terceiro colocado no primeiro turno, Engler não conseguiu conter o crescimento de Fuad. Segundo pesquisa do Datafolha divulgada em 24 de outubro, 45% dos eleitores de Tramonte migraram para Fuad, enquanto 34% optaram por Engler.
A reta final da campanha foi marcada por tensões, incluindo a prorrogação do horário eleitoral em Belo Horizonte após uma decisão judicial que concedeu direito de resposta a Fuad Noman. Isso ocorreu devido à disseminação de um vídeo divulgado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL), que associava falsamente um livro escrito por Fuad à pedofilia. A Justiça Eleitoral determinou a remoção do conteúdo e concedeu a Fuad inserções de resposta nos últimos dias de campanha.
Apesar dos ataques e do clima de polarização, Fuad Noman se manteve otimista durante toda a campanha. Na tarde deste domingo, o prefeito reeleito declarou estar “muito confiante” e afirmou que fez o máximo para mostrar sua trajetória e propostas para Belo Horizonte. “Agora depende da população entender isso”, completou.
A vitória de Fuad Noman confirma sua liderança e garante mais quatro anos à frente do executivo municipal, representando um revés significativo para a direita em uma das principais capitais do Brasil.