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A Gol, uma das principais companhias aéreas do Brasil, anunciou um prejuízo líquido de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 556 milhões no mesmo período do ano passado. O prejuízo ajustado foi de R$ 1 bilhão, excluindo variações cambiais e despesas com Exchangeable Notes e o processo de recuperação judicial (“Chapter 11”) nos EUA.
Impactos no Resultado
Esse prejuízo reflete diversos fatores adversos, incluindo o impacto das tragédias climáticas no Rio Grande do Sul. A interrupção nas operações no estado gerou uma perda estimada de R$ 120 milhões em receita e reduziu o número de voos, causando um impacto negativo de R$ 100 milhões no resultado operacional.
Outro fator foi a queda de 21,3% no EBITDA recorrente, que somou R$ 745 milhões. Como resultado, a margem EBITDA da empresa recuou 3,9 pontos percentuais, para 18,9%.
Receita e Operações
A receita líquida da Gol alcançou R$ 3,9 bilhões no trimestre, uma queda de 5% em comparação com o segundo trimestre de 2023. Sem o impacto da interrupção nas operações em Porto Alegre, a queda seria menor, de 2,1%.
A recuperação judicial em andamento nos Estados Unidos, bem como a desvalorização do real frente ao dólar, também contribuíram significativamente para o prejuízo financeiro da companhia, exacerbando o aumento da dívida e os custos operacionais.
A empresa acredita que o segundo semestre de 2024 será mais positivo, principalmente com a recuperação da demanda corporativa e a elevação de tarifas. A Gol está otimista com relação às tendências de vendas para o terceiro trimestre, que já apresentam sinais de melhora.