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O governo federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, está prestes a definir o retorno do horário de verão no Brasil. A decisão será tomada nesta terça-feira (15), quando o ministro Alexandre Silveira e sua equipe técnica se reunirão para analisar a viabilidade da medida, que pode ser implementada como estratégia para mitigar os efeitos da crise hídrica no setor energético.
Impacto da Crise Hídrica
O Brasil enfrenta sua pior crise hídrica em 73 anos, o que tem afetado diretamente a geração de energia elétrica. Embora medidas preventivas tenham evitado problemas maiores no abastecimento, o governo busca formas de garantir a segurança energética e conter os custos tarifários. Nesse contexto, a possível retomada do horário de verão volta a ser discutida como uma solução temporária.
Implementação Após as Eleições
Caso a equipe técnica e o ministro decidam pela volta do horário de verão, a alteração nos relógios deverá ocorrer somente após o segundo turno das eleições municipais, em 27 de outubro. A implementação pós-eleitoral foi sugerida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para não interferir no planejamento de setores críticos como o transporte aéreo e a segurança pública. Segundo o ministro Silveira, seria necessário um prazo mínimo de 20 dias para que os setores afetados se ajustem à mudança.
Período Ideal para Vigência
Alexandre Silveira destacou que o período de maior eficácia do horário de verão ocorre entre 15 de outubro e 30 de novembro, quando a economia de energia é mais significativa. “Até 15 de dezembro, a medida ainda tem relevância, mas depois disso a importância diminui gradualmente”, afirmou o ministro.
Histórico do Horário de Verão
Adotado pela primeira vez em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas, o horário de verão busca reduzir o consumo de energia ao aproveitar melhor a luz natural no fim do dia. A iniciativa vigorava por aproximadamente quatro meses, mas foi suspensa em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro, que assinou um decreto cancelando sua aplicação após estudos apontarem que a economia energética não justificava os impactos da mudança.
Agora, o governo analisa sua volta, considerando a atual situação hídrica e a necessidade de equilibrar a segurança energética com a modicidade tarifária.