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Uma greve nacional de transportes foi convocada na Argentina para esta quarta-feira (30), em resposta às recentes medidas econômicas anunciadas pelo governo de Javier Milei. A paralisação, que visa contestar o aumento das tarifas e o projeto de privatização da Aerolíneas Argentinas, impactou severamente os voos comerciais e de carga no país.
Impacto nos Voos
As companhias aéreas Aerolíneas Argentinas, Gol e Latam confirmaram o cancelamento de voos. A Aerolíneas informou que a greve resultará em alterações nos horários, remarcações e cancelamentos. Os passageiros são orientados a verificar seus e-mails para notificações sobre mudanças em suas reservas.
A Gol também cancelou voos para várias cidades argentinas, incluindo Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Rosário. Todos os clientes afetados poderão remarcar seus voos sem custo ou solicitar reembolso integral.
A Latam cancelou 10 voos entre a Argentina e o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e aguarda autorização governamental para reagendar outros três. Enquanto isso, as companhias Flybondi e Jetsmart transferiram suas operações do Aeroparque para o Aeroporto Internacional de Ezeiza, sem previsão de cancelamentos de voos com o Brasil.
Motivos da Greve
A greve foi motivada por um pacote de ajustes econômicos que inclui a retirada de subsídios e o aumento das tarifas. A privatização da Aerolíneas Argentinas representa mais uma ação do governo Milei para reduzir a presença do Estado na economia. O presidente, eleito com uma agenda ultraliberal, tem enfrentado resistência de trabalhadores, especialmente após uma greve em setembro pedindo aumentos salariais, considerando a inflação que já ultrapassa 236% ao ano.
Contexto
A decisão de privatizar a Aerolíneas Argentinas, classificada como “sujeita à privatização” em um decreto recente, gerou polêmica. O governo afirmou que a reestatização da companhia, realizada há 16 anos, não alcançou os objetivos desejados, levando à atual crise de relacionamento com os funcionários.