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Os números da inflação no Brasil apresentaram um aumento em maio, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo de 0,38% em abril para 0,46% no último mês. De acordo com os dados liberados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (11 de junho de 2024), a taxa anualizada, que compreende o acumulado dos últimos 12 meses, alcançou 3,93%.
Projeções Excedidas
As previsões do mercado financeiro apontavam para uma inflação anualizada maior em maio, variando entre 3,84% e 3,93%, ultrapassando os 3,69% registrados no mês anterior. A mediana das estimativas era de uma taxa mensal de 0,40%, entretanto, os resultados superaram essas expectativas.
Principais Impactos
O segmento de saúde e cuidados pessoais foi o que mais influenciou a inflação, com um aumento mensal de 0,69%, impulsionado pelos custos dos planos de saúde, produtos de higiene pessoal e itens para a pele. Já no setor de alimentação e bebidas, a batata inglesa, cebola, leite longa vida e café moído foram os principais responsáveis pelo aumento dos preços.
Aspectos Econômicos
Eventos climáticos adversos recentes, como o aumento da temperatura e fortes chuvas no Rio Grande do Sul, afetaram os preços dos alimentos. Além disso, o aumento no custo da energia elétrica residencial teve impacto significativo no grupo de habitação. As passagens aéreas e os combustíveis também contribuíram para o aumento nos preços, especialmente a gasolina, óleo diesel e etanol.
Perspectivas Futuras
Os dados de inflação de maio serão cruciais para a próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nos dias 18 e 19 de junho, podendo marcar o encerramento do ciclo de cortes da taxa básica de juros, atualmente em 10,5% ao ano. Apesar das expectativas de um corte de 0,25 ponto percentual, alguns analistas já projetam uma Selic de 10,5% até o final de 2024.
O Copom realizou sete reduções consecutivas na taxa Selic, totalizando uma diminuição acumulada de 3,25 pontos percentuais.