A Justiça aprovou o Plano de Recuperação Extrajudicial (RE) do Grupo Casas Bahia, conforme anunciado pela empresa na noite de quarta-feira, 19 de junho de 2024. A homologação do plano foi realizada pelo Juízo da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, tornando o reperfilamento das dívidas financeiras quirografárias efetivo e vinculante para todos os credores financeiros da companhia.
Detalhes do Plano de Recuperação Extrajudicial
- Reperfilamento das Dívidas:
- Dívidas Afetadas: O plano abrange as dívidas financeiras decorrentes de debêntures e Cédulas de Crédito Bancário (CCBs).
- Efeitos da Homologação: A homologação torna as condições do plano obrigatórias para todos os credores financeiros, apesar das impugnações feitas pelas empresas Opea e Pentágono.
- Condições de Pagamento:
- Carência e Prazo: O plano estabelece uma carência de 24 meses para o pagamento de juros e de 30 meses para o pagamento do principal. O prazo total de amortização é de 78 meses (6,5 anos).
- Remuneração: A remuneração das dívidas será de CDI + 1,0% a 1,5%.
- Impacto Financeiro:
- Desembolso de Caixa: No primeiro trimestre de 2024, a previsão de desembolso de caixa até 2027 era de R$ 4,8 bilhões. Com o reperfilamento, essa previsão foi reduzida para R$ 500 milhões até 2027.
- Serviço da Dívida: O cronograma de pagamentos estabelecido pelo plano, com os novos prazos e condições, deverá impactar positivamente o serviço da dívida financeira da companhia.
- Emissão de Debêntures:
- A companhia anunciou que procederá com sua 10ª emissão de debêntures, em substituição às dívidas financeiras quirografárias novadas pelo Plano de RE.
Contexto e Expectativas
A aprovação do Plano de Recuperação Extrajudicial representa um passo significativo para a reestruturação financeira das Casas Bahia. Com a homologação, a empresa pode seguir com seu cronograma de pagamentos e adequar suas obrigações financeiras, buscando estabilizar sua situação econômica e financeira.
A medida é vista como uma forma de aliviar a pressão sobre o caixa da empresa, proporcionando um horizonte mais favorável para o cumprimento de suas obrigações e para a continuidade de suas operações. Além disso, a emissão de novas debêntures conforme o plano estabelecido pode trazer maior previsibilidade e segurança para os credores e investidores.
Este movimento faz parte de uma série de esforços da companhia para enfrentar os desafios econômicos e se reposicionar no mercado, garantindo a sustentabilidade e o crescimento futuro das suas operações.
