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Em uma votação acirrada, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) decidiu, por 4 votos a 3, manter suspensos os perfis oficiais nas redes sociais do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB). As contas do empresário e influenciador estão inativas desde 24 de agosto de 2024, por decisão do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital, que identificou abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.
A acusação que resultou na suspensão partiu da campanha de Tabata Amaral (PSB), que alegou que Marçal remunerava seguidores para produzir conteúdo em apoio à sua candidatura. O relator do processo, magistrado Claudio Langroiva Pereira, defendeu a continuidade da suspensão, destacando que a medida “não se trata de censura, mas de impedimento temporário”.
Outros três juízes – Rogério Cury, Cotrim Guimarães e Silmar Fernandes – seguiram o entendimento do relator. Já o desembargador Encinas Manfré, que abriu a divergência, votou pela liberação das contas, afirmando que a suspensão impacta gravemente a campanha, dado que Marçal não tem acesso ao horário eleitoral gratuito. A posição de Manfré foi acompanhada por Cláudia Bedotti e Régis de Castilho.
Apesar do bloqueio, a Justiça Eleitoral permitiu que Marçal criasse novos perfis para continuar sua campanha, o que já foi feito. Contudo, as contas oficiais permanecerão suspensas até o fim das eleições municipais.
A decisão reflete um momento crítico da disputa pela prefeitura de São Paulo, com as campanhas de outros candidatos, como Tabata Amaral e Guilherme Boulos, monitorando de perto o desdobramento do caso.