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Na última sexta-feira, 16 de agosto de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou discordância em relação a uma nota oficial de seu partido que reconhecia a vitória de Nicolás Maduro na controversa eleição venezuelana. Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lula classificou o regime de Maduro como um governo com “viés autoritário”, mas afastou a ideia de uma ditadura clássica.
O posicionamento de Lula destaca uma diferença significativa entre suas opiniões e a declaração oficial do PT, divulgada em 29 de julho. A nota do partido apoiava o diálogo de Maduro com a oposição para enfrentar os problemas do país, afetado por sanções internacionais.
Durante a entrevista, Lula pediu maior transparência na divulgação dos resultados eleitorais, exigindo a apresentação de atas para validar a legitimidade das eleições. Ele criticou a atuação de países ocidentais, como EUA e membros da União Europeia, que reconheceram Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela em 2019, uma decisão que, segundo ele, foi precipitada.
Lula também mencionou desafios enfrentados por seu assessor, Celso Amorim, para acompanhar as eleições na Venezuela, e reafirmou a necessidade de uma explicação mais detalhada por parte de Maduro à comunidade internacional.
A posição do presidente brasileiro reflete uma abordagem mais crítica e analítica da situação política venezuelana, contrastando com o suporte oficial do PT ao governo de Maduro.