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O presidente francês Emmanuel Macron anunciou neste domingo (9.jun.2024) a dissolução da Assembleia Nacional, estabelecendo novas eleições parlamentares para os dias 30 de junho (1º turno) e 7 de julho (2º turno). A decisão ocorre após o partido de Macron sofrer uma derrota significativa nas eleições do Parlamento Europeu para o partido de sua rival de direita, Marine Le Pen.
De acordo com o jornal francês Le Monde, os resultados preliminares das eleições parlamentares europeias mostram o partido de Le Pen, o RN (Reunião Nacional), liderando com 32% dos votos, enquanto o partido de Macron obteve apenas 15%.
Em sua declaração, Macron expressou preocupações sobre a ascensão dos nacionalistas, destacando os perigos que isso representa para a estabilidade do continente europeu. A dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições refletem a necessidade de reavaliar e realinhar a representação política nacional, à luz das recentes mudanças no cenário eleitoral europeu.
As eleições para o Parlamento Europeu começaram na quinta-feira (6.jun), com a participação dos 27 países da União Europeia. Atualmente, os 705 eurodeputados, provenientes de mais de 200 partidos nacionais, estão distribuídos em sete grupos políticos no Parlamento Europeu, com o grupo “Renovar a Europa”, liderado pelo partido Renascença de Macron, sendo o terceiro maior, com 102 parlamentares.
Contexto das Eleições Europeias
Os resultados das eleições europeias já indicavam um cenário desafiador para Macron, com uma expectativa de perda de cadeiras para os deputados apoiados por Le Pen. Esta mudança no equilíbrio de poder reflete uma crescente tendência de apoio a partidos nacionalistas em vários países europeus, sinalizando uma transformação significativa na política da União Europeia.
A convocação de novas eleições nacionais pode ser vista como uma resposta estratégica de Macron para tentar restaurar a confiança do público e consolidar seu partido em meio a um cenário político cada vez mais competitivo e polarizado.