Crise Diplomática Aprofunda-se na Venezuela Após Polêmica Reeleição de Maduro
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a expulsão dos representantes diplomáticos de sete países latino-americanos em resposta à contestação internacional sobre sua reeleição. Os embaixadores e funcionários da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai receberam um prazo de 48 horas para deixar o país. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (29 de julho de 2024) pelo ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yvan Gil.
A decisão de Maduro vem na esteira de críticas de diversos governos que questionaram a legitimidade do processo eleitoral ocorrido no domingo (28 de julho de 2024), onde o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Maduro vencedor com 51,2% dos votos. Os governos dos países afetados expressaram preocupações sobre a transparência das eleições, aumentando as tensões diplomáticas na região.
Em uma declaração contundente, Gil acusou os países envolvidos de serem “subordinados a Washington” e de promoverem ideologias “fascistas”. Ele reiterou a rejeição da Venezuela às críticas internacionais, classificando-as como interferências inaceitáveis nos assuntos internos do país.
Essa crise diplomática é mais um episódio no conturbado cenário político venezuelano, onde a administração Maduro enfrenta pressão tanto interna quanto externa. As recentes ações podem resultar em um isolamento ainda maior da Venezuela no cenário internacional, além de aumentar as tensões já existentes na região.
