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Em uma operação da Polícia Federal (PF) em Boa Vista, capital de Roraima, o empresário Renildo Lima, marido da deputada federal Helena da Asatur (MDB-RR), foi preso em flagrante na última segunda-feira (9) com R$ 500 mil em espécie, parte do qual estava escondido em sua cueca. A operação, que investiga um esquema de compra de votos, já apreendeu mais de R$ 2 milhões, sendo que outros valores significativos foram interceptados em ações anteriores.
Além de Renildo Lima, outras cinco pessoas também foram detidas, incluindo dois policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) que, de acordo com as investigações, estavam de folga e atuavam como seguranças particulares para o grupo. Entre os presos estava ainda uma advogada. Eles foram abordados pela PF após realizarem saques substanciais em uma agência bancária.
A operação, que começou na última sexta-feira (6), já havia apreendido R$ 500 mil em cinco pacotes de notas de R$ 100, além de celulares e materiais de campanha eleitoral. Os suspeitos foram indiciados por crime eleitoral e associação criminosa armada, e a PF segue investigando o esquema que envolve a compra de votos para a campanha eleitoral em andamento.
Na terça-feira (10), Renildo Lima e os outros cinco detidos foram soltos após uma audiência de custódia na 1ª Zona Eleitoral de Boa Vista. O Ministério Público Eleitoral (MPE) havia solicitado a prisão preventiva do empresário ou uma fiança de R$ 60 mil, mas a Justiça negou o pedido, concedendo liberdade provisória aos acusados.
O MPE enfatizou a gravidade do caso, destacando o uso ilegal de grandes quantidades de dinheiro em espécie, um indicativo de fraude eleitoral. Mesmo com a soltura, a PF e o MPE continuam investigando o esquema e os envolvidos no crime de compra de votos que, até o momento, já movimentou mais de R$ 2 milhões.