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O comércio eletrônico no Brasil registrou crescimento de 10,5% em 2024, atingindo um faturamento de R$ 204,3 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Dentro deste cenário, as mulheres consolidaram sua liderança nas compras online, representando quase 60% do total de pedidos realizados ao longo do ano.
O protagonismo feminino no e-commerce
Segundo Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm, a maior participação feminina está ligada ao crescimento da oferta de produtos voltados para moda e beleza. “Há uma década, o perfil de consumo online era predominantemente masculino, focado em artigos de informática. Hoje, as mulheres são o principal público e impulsionam categorias diversas no e-commerce”, afirmou.
Embora moda e beleza sejam categorias populares, os eletrodomésticos lideraram as vendas em 2024, representando 19,65% do total, seguidos por produtos de telefonia, que somaram 13,1%.
Perfil do consumidor digital brasileiro
O levantamento da ABComm revelou que 35% dos consumidores online têm entre 35 e 44 anos, enquanto a classe C responde por 54% do total de compradores, evidenciando um maior acesso à tecnologia e à inclusão financeira.
Em termos geográficos, o Sudeste manteve a liderança, com 55,8% das compras online, sendo São Paulo responsável por 33,29% do total. Em 2024, o setor registrou 414,9 milhões de pedidos, com um ticket médio de R$ 492,40, alcançando 91,3 milhões de consumidores digitais.
Mobile first: a força do smartphone nas compras online
Os smartphones se destacaram como o principal meio de acesso ao e-commerce, representando 55,5% das compras realizadas. Bandeira aponta que a mobilidade estimula compras por impulso, mas também destaca o risco de fraudes e propagandas enganosas no ambiente digital.
Expectativas para 2025
Para 2025, a ABComm projeta um crescimento ainda maior, estimado em 15%, com faturamento previsto de R$ 234,9 bilhões. Espera-se também um aumento no ticket médio, que deve atingir R$ 539,28, e no volume de pedidos, com 435,6 milhões de transações realizadas por 94,05 milhões de consumidores.
Um dos fatores que promete impulsionar o setor é a introdução do Drex, o real digital desenvolvido pelo Banco Central, que facilitará transações no e-commerce. Para Mauricio Salvador, presidente da ABComm, o futuro do comércio eletrônico é promissor: “O e-commerce segue evoluindo com inovação, novas tecnologias e uma experiência de compra cada vez mais personalizada, fortalecendo o varejo e ampliando oportunidades para negócios de todos os tamanhos.”
O cenário reafirma o e-commerce como um motor de transformação digital e uma força crescente no varejo brasileiro.