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A Netflix registrou um aumento significativo no número de cancelamentos em julho de 2024, logo após seu cofundador e CEO, Reed Hastings, declarar publicamente apoio à candidata Kamala Harris, do Partido Democrata, na corrida presidencial dos Estados Unidos. A consultoria Antenna revelou que a taxa de cancelamento do serviço de streaming alcançou 2,8% em julho, a maior desde fevereiro deste ano.
O ponto mais crítico foi registrado nos cinco dias após a declaração de Hastings, sendo o terceiro dia o pior do ano em termos de cancelamentos. A onda de desistências foi impulsionada após Hastings anunciar, em suas redes sociais, em 23 de julho, que doaria US$ 7 milhões (R$ 38,1 milhões) para a campanha de Kamala Harris. Esse valor foi descrito por Hastings como a maior quantia que ele já destinou a um único candidato.
A reação foi imediata, com apoiadores do ex-presidente Donald Trump, que é candidato à reeleição pelo Partido Republicano, incentivando o boicote à Netflix. Embora o pico de cancelamentos tenha durado apenas alguns dias, ele remeteu a outro episódio polêmico de 2020, quando conservadores pediram o cancelamento do serviço devido ao filme francês “Cuties”, alegando que o longa promovia a exploração infantil.
A Netflix, no entanto, preferiu não comentar o aumento nos cancelamentos após a divulgação do apoio de Hastings à candidatura de Kamala Harris.