Nubank registrou um lucro líquido ajustado de US$ 563 milhões no segundo trimestre de 2024, crescimento de 114% em comparação ao mesmo período do ano passado. As receitas atingiram US$ 2,8 bilhões, aumento de 65%, o maior resultado trimestral da história da fintech. O número de clientes ativos chegou a 105 milhões, com a inclusão de 5,2 milhões de novos usuários entre abril e junho. Somente no Brasil, o Nubank atraiu 1,2 milhão de clientes por mês, totalizando 95,5 milhões no país.
A margem financeira líquida do banco aumentou 1,5 ponto percentual, atingindo 19,8%, e a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC) subiu 30%, alcançando US$ 11,2. A fintech espera alcançar os níveis de grandes bancos de varejo, cujo ARPAC gira em torno de US$ 45.
O crescimento no México e na Colômbia também foi destaque. No México, o banco digital captou 1,2 milhão de novos clientes no trimestre, atingindo um total de 7,8 milhões, enquanto na Colômbia, chegou a 1,3 milhão de clientes. Além disso, a recente introdução de contas correntes nesses países gerou depósitos de US$ 3,3 bilhões no México e US$ 220 milhões na Colômbia.
Por outro lado, a inadimplência do Nubank subiu de 5,9% para 7% no período. Mesmo assim, a empresa mantém a eficiência de seus custos e a força na concessão de crédito, segundo David Vélez, CEO da empresa. Ele destaca que o modelo de negócios da fintech, baseado em crescimento sustentável e na eficiência operacional, segue firme, e o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) alcançou um recorde de 28%.
O avanço nos números se dá em meio a uma forte expansão do banco em suas operações de crédito. A carteira de crédito que rende juros, que inclui empréstimos pessoais e cartão de crédito, subiu 81%, atingindo US$ 9,8 bilhões. As receitas líquidas de juros, por sua vez, cresceram 77%, totalizando US$ 1,7 bilhão.
Esses resultados consolidam o Nubank como uma das principais fintechs globais, ao lado de poucas outras com mais de 100 milhões de clientes. A empresa continua a expandir suas operações, mirando crescimento ainda mais forte no futuro próximo, principalmente nos mercados latino-americanos.
