Pablo Marçal anuncia neutralidade no 2º turno em SP e prevê vitória de Boulos

Pablo Marçal, candidato do PRTB que terminou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, anunciou que não apoiará Ricardo Nunes (MDB) no segundo…
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Pablo Marçal, candidato do PRTB que terminou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições para a prefeitura de São Paulo, anunciou que não apoiará Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro. Em uma coletiva de imprensa realizada na noite desta terça-feira (9), o influenciador e empresário surpreendeu ao afirmar que seus eleitores estão livres para votar conforme preferirem. Segundo ele, Guilherme Boulos (PSOL) deve vencer a disputa.

Marçal conquistou 1.719.274 votos no primeiro turno, o que representou 28,14% dos votos válidos, ficando atrás de Nunes, que obteve 29,48%, e de Boulos, que recebeu 29,07%. Apesar de ter sido um dos principais protagonistas da corrida eleitoral até o momento, Marçal descartou qualquer aliança com Nunes, mesmo diante da expectativa de que ele pudesse apoiar o atual prefeito.

Embates e condições para apoio

Desde o início da campanha, a relação entre Marçal e Nunes foi marcada por ataques pessoais e acusações. Marçal chamou o prefeito de “bananinha” e prometeu que ele seria preso caso assumisse a prefeitura, enquanto Nunes referiu-se ao influenciador como “condenado” e o acusou de ter relações com o crime organizado. Esses atritos, segundo Marçal, tornam improvável uma reconciliação.

Ainda assim, Marçal chegou a condicionar um possível apoio a Nunes, caso o prefeito, junto com figuras de destaque da política brasileira, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o pastor Silas Malafaia, viessem a público pedir desculpas pelas ofensas direcionadas a ele durante a campanha. Como isso dificilmente acontecerá, o empresário praticamente descartou a possibilidade de apoiar Nunes.

Marçal também criticou duramente Tarcísio de Freitas, chamando-o de “a maior decepção” da campanha. Ele afirmou que o governador tentou se aproximar dele através de uma ligação, feita ao coordenador de campanha de Marçal, Filipe Sabará, na tentativa de diminuir as tensões. No entanto, o influenciador se recusou a ceder, afirmando que Tarcísio “traiu o povo paulistano” e o tratou com deslealdade.

Projeções para o futuro e novas candidaturas

Apesar de seu desempenho em São Paulo, Marçal considera que teve um resultado “extraordinário” no primeiro turno e revelou suas intenções para as próximas eleições. O influenciador planeja permanecer na política pelos próximos 12 anos e indicou que pode concorrer em 2026, seja à Presidência da República ou ao governo de São Paulo. Essas eleições também são vistas como possíveis objetivos de Tarcísio de Freitas, o que pode representar uma nova etapa de confrontos entre os dois.

Sobre sua situação judicial, Marçal minimizou as preocupações com inelegibilidades. Ele responde a pelo menos nove ações eleitorais, mas nega qualquer envolvimento direto em práticas ilegais. O empresário afirmou não ter ciência de que o laudo divulgado em suas redes sociais, que tentava associar Boulos ao consumo de cocaína, era falso. Segundo ele, o documento foi publicado “na maior boa fé”.

Com a decisão de não se alinhar a Nunes, Marçal aumenta a expectativa para o segundo turno em São Paulo, uma disputa que promete ser acirrada entre Boulos e o atual prefeito.

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Lucas Sales

Fundador e Redator do InovaNews

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