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A parceria entre Azul e Gol, anunciada com grande pompa pelas empresas, ainda precisa passar pela análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para determinar se configura uma operação de concentração de mercado que exige aprovação prévia do órgão.
O que está em análise:
- Contratos da parceria: A área técnica do Cade analisa os detalhes da parceria, incluindo a oferta conjunta de voos em rotas domésticas e o compartilhamento do programa de fidelidade.
- Potenciais problemas concorrenciais: O foco da análise é identificar se a parceria pode reduzir a concorrência no mercado aéreo brasileiro, impactando negativamente os preços das passagens e a qualidade dos serviços.
- Compartilhamento de risco: Um ponto crucial é avaliar se há de fato compartilhamento de risco entre as empresas na operação. A legislação do Cade dispensa a análise em casos de contratos sem esse tipo de compartilhamento, como aqueles com menos de dois anos de duração.
Possíveis desdobramentos:
- Notificação ao Cade: Se a análise concluir que a parceria configura uma operação de concentração, as empresas serão notificadas e terão que apresentar suas justificativas para o Cade.
- Aprovação ou reprovação: O Cade tem um prazo para avaliar a operação e decidir se a aprova, com ou sem restrições, ou se a proíbe.
- Precedentes: A fusão entre 123Milhas e Maxmilhas, que precisou passar pelo crivo do Cade mesmo após consumada, serve como precedente para a análise da parceria entre Azul e Gol.
Impacto nas ações:
- O anúncio da parceria gerou forte alta nas ações da Azul e da Gol na Bolsa de Valores.
- A perspectiva de sinergia operacional e de custos, sem os entraves de uma fusão direta, contribuiu para a reação positiva do mercado.
Fique de olho:
- Acompanhe a análise do Cade nos próximos meses para saber se a parceria entre Azul e Gol será de fato concretizada.
- Observe como a operação poderá afetar o mercado aéreo brasileiro e os consumidores.