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Um estudo realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) revelou que 60% dos brasileiros se sentem apreensivos ao fornecer dados biométricos, como impressões digitais e reconhecimento facial. O levantamento, publicado nesta segunda-feira (2), mostra que 32% dos usuários de internet com 16 anos ou mais estão “muito preocupados”, enquanto 28% estão “preocupados” com essa questão.
O estudo destaca que o fornecimento de dados biométricos para instituições financeiras, órgãos governamentais e transporte público gera as maiores preocupações entre os usuários. Instituições financeiras lideram, com 37% “muito preocupados” e 36% “preocupados”, seguidas por órgãos de governo (35% e 38%) e transporte público (34% e 37%).
A pesquisa também indica que o uso de biometria por empresas no Brasil aumentou de 24% em 2021 para 30% em 2023. Além disso, mais empresas estão armazenando dados de saúde de funcionários e clientes, com um crescimento de 24% para 26% no mesmo período.
As mudanças na legislação de proteção de dados, impulsionadas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), também foram notáveis, especialmente entre empresas de grande porte. De 2021 a 2023, a proporção de grandes empresas que adequaram seus contratos à LGPD subiu de 61% para 67%.
Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, destacou que, embora haja avanços na conformidade com a LGPD, ainda existe a necessidade de adoção mais ampla de boas práticas de proteção de dados, principalmente entre pequenas empresas.