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A Petrobras registrou o pior resultado entre as 10 maiores companhias abertas do setor de petróleo e gás no 2º trimestre de 2024, com um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões (US$ 344 milhões). Este é o primeiro prejuízo trimestral da estatal brasileira em quase quatro anos, sendo a última vez no 3º trimestre de 2020.
A BP (British Petroleum) também apresentou um resultado negativo, mas menor que o da Petrobras, com um prejuízo de US$ 129 milhões. Por outro lado, a Saudi Aramco liderou o grupo com o melhor desempenho, alcançando um lucro líquido de US$ 29 bilhões.
Apesar do resultado negativo, a Petrobras apresentou um crescimento de 7,4% em sua receita, totalizando R$ 122 bilhões (US$ 23,4 bilhões). No entanto, a empresa enfrentou um aumento de 69,9% nas despesas operacionais, além de custos significativos relacionados a um acordo tributário com o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), o que impactou diretamente seus resultados financeiros.
O diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, apontou que a variação cambial e os impactos da adesão à transação tributária foram fatores determinantes para o resultado negativo, mas sem impacto relevante no caixa da empresa. A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, destacou que o aumento na geração de caixa e o controle do nível de endividamento da empresa foram mantidos, minimizando os efeitos adversos desses eventos não recorrentes.
Resultado das companhias abertas do setor no 2º trimestre (em bilhões de US$)
Companhia/País | Receita (US$ bilhões) | Lucro/Prejuízo (US$ bilhões) | Lucro sobre Receita (%) |
---|---|---|---|
Saudi Aramco (Arábia Saudita) | 116,0 | 29,0 | 25,0 |
ExxonMobil (EUA) | 93,0 | 9,2 | 9,9 |
Shell (Reino Unido) | 75,0 | 6,3 | 8,4 |
Chevron (EUA) | 51,2 | 4,4 | 8,6 |
Total Energies (França) | 49,2 | 3,8 | 7,7 |
Equinor (Noruega) | 25,5 | 1,9 | 7,5 |
Repsol (Espanha) | 16,2 | 0,7 | 4,3 |
Eni (Itália) | 24,6 | 0,7 | 2,8 |
BP (Reino Unido) | 48,2 | -0,1 | -0,2 |
Petrobras (Brasil) | 23,4 | -0,3 | -1,3 |