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Belo Horizonte lidera a alta de preços da carne e gasolina no Brasil desde novembro de 2023, conforme o IPCA-15, a prévia da inflação oficial do país. Em novembro de 2024, enquanto a inflação nacional foi de 0,62%, BH registrou 0,55%. Apesar disso, a capital mineira apresentou aumentos alarmantes em produtos essenciais.
Alta nos preços em BH:
- Gasolina: +13,72% (média nacional: +8,61%)
- Carne bovina: +16,71% (média nacional: +11,44%)
O que explica essa disparada?
1. Aumento no consumo de carne
Segundo Diogo Santos, economista da UFMG, a maior demanda, impulsionada por um desemprego menor e aumento da renda, é um dos fatores que podem ter pressionado os preços.
Exemplo de aumentos em novembro:
- Filé mignon: +14,7% (de R$ 67,98 para R$ 77,99)
- Picanha: +10,2% (de R$ 64,29 para R$ 70,83)
- Filé de peito de frango: +13,3% (de R$ 23,06 para R$ 24,36)
Heliezer Jacob, do C6 Bank, aponta ainda que exportações elevadas e menor disponibilidade de animais para abate agravam a situação.
2. Gasolina: fatores locais impulsionam preços
Embora os reajustes da Petrobras sejam uniformes, BH apresenta a gasolina mais cara da região Sudeste, segundo a ANP. Para Diogo Santos, questões na estrutura de distribuição e maior demanda local podem explicar o aumento.
Perspectivas
Antônio Pitangui de Salvo, presidente do Sistema Faemg, projeta que a safra de janeiro a maio deve elevar a oferta de carne, podendo aliviar os preços. Já a questão dos combustíveis segue sem previsão de redução.
Com esses números, Belo Horizonte segue como a capital com os maiores aumentos nesses itens, refletindo diretamente no bolso dos consumidores.