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O dólar disparou e fechou em R$ 5,76 nessa última terça-feira (29), o maior valor desde março de 2021. Essa alta é uma reação do mercado à falta de medidas claras do governo para conter os gastos públicos. A elevação afetou também os juros futuros e o Ibovespa, que fechou em baixa de 0,37%.
Principais Razões para a Alta do Dólar
1. Indefinição no Ajuste Fiscal:
O governo discute há semanas um pacote de corte de gastos, que deveria ser anunciado logo após as eleições. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que não há data definida para essas medidas. A falta de clareza trouxe incerteza e aumentou a pressão sobre o câmbio e os juros futuros.
2. Resistência no Planalto:
Segundo economistas, enquanto Haddad compreende a necessidade do ajuste fiscal, a postura do presidente Lula tem sido vista como um possível obstáculo. A falta de consenso na alta gestão agrava a percepção de risco do mercado.
3. Cenário Externo e Efeito Trump:
A possível vitória de Donald Trump nas próximas eleições nos EUA adiciona volatilidade ao mercado cambial global, elevando o dólar em relação ao real e outras moedas emergentes. A política econômica de Trump poderia aumentar a inflação nos EUA, pressionando ainda mais o dólar.
4. Déficit nas Contas Externas:
O déficit em transações correntes brasileiras subiu para US$ 45,8 bilhões, ou 2,07% do PIB, intensificando o nervosismo do mercado.
Previsões e Perspectivas
Economistas afirmam que, sem um ajuste fiscal robusto, o dólar pode continuar subindo, aumentando a inflação e as taxas de juros no Brasil. Contratos de juros futuros já precificam a Selic a 13% em maio de 2025.
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