Receita Federal amplia fiscalização para dados de Pix e cartões de crédito

A Receita Federal deu início a uma nova fase de controle financeiro que promete impactar milhões de brasileiros. Desde o dia 1º de janeiro, transações realizadas via Pix e cartões…
IMG INV
Compartilhar
  • Tempo de leitura:2min

A Receita Federal deu início a uma nova fase de controle financeiro que promete impactar milhões de brasileiros. Desde o dia 1º de janeiro, transações realizadas via Pix e cartões de crédito passaram a ser monitoradas com mais rigor, conforme estipulado pela Instrução Normativa 2.219/2024. A medida visa ampliar a coleta de dados sobre movimentações financeiras, incluindo instituições que antes não eram obrigadas a prestar contas detalhadas.


Quem será afetado pela nova regra?

O novo regulamento amplia o escopo da e-Financeira, sistema digital integrado ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), para incluir operadoras de cartões de crédito e instituições de pagamento. Entre essas, destacam-se:

  • Plataformas de pagamento digital;
  • Bancos digitais;
  • Grandes varejistas que oferecem serviços financeiros.

Além dessas, instituições financeiras tradicionais, como bancos públicos e privados, já forneciam informações detalhadas ao sistema.


Quais dados serão monitorados?

A Receita Federal terá acesso a informações de movimentações que ultrapassem:

  • R$ 5 mil por mês para pessoas físicas;
  • R$ 15 mil por mês para pessoas jurídicas.

Os dados reportados incluem:

  • Saldos em conta corrente;
  • Rendimentos de poupanças e aplicações financeiras;
  • Transações realizadas via Pix;
  • Compras e pagamentos com cartões de crédito.

Essas informações serão enviadas semestralmente:

  1. Até o final de agosto, com dados do primeiro semestre do ano;
  2. Até o final de fevereiro, com informações do segundo semestre do ano anterior.

Por que a Receita adotou a medida?

A Receita Federal justificou a decisão como um esforço para modernizar o acompanhamento financeiro diante do crescimento exponencial de transações digitais. A ideia é intensificar o cruzamento de dados e combater práticas como a sonegação fiscal e o enriquecimento ilícito.

“A ampliação do monitoramento reflete a necessidade de acompanhar a dinâmica do mercado digital e fortalecer os mecanismos de controle fiscal no Brasil”, informou o órgão em nota.


Impactos no cotidiano financeiro

A nova medida aumenta a responsabilidade das instituições financeiras, que agora precisam ajustar seus sistemas para atender às exigências. Para os cidadãos, isso pode significar maior vigilância em relação à origem e ao destino de recursos movimentados, especialmente em transações de alto valor.

O primeiro ciclo de dados a ser analisado pelo novo formato incluirá transações realizadas no primeiro semestre de 2025, com informações sendo reportadas até agosto.

Conclusão: as novas diretrizes da Receita Federal reforçam o cerco contra irregularidades tributárias e colocam transações digitais sob os holofotes. Para os brasileiros, a dica é redobrar a atenção ao declarar rendimentos e movimentações, já que a fiscalização promete ser cada vez mais detalhada e abrangente.

Picture of Redação InovaNews

Redação InovaNews

Equipe de jornalismo InovaNews

Compartilhe nas redes:

Siga o Canal do INV no WhatsApp

Inscreva-se agora mesmo e fique por dentro do que acontece no mundo!

Resumo diário sobre tecnologia, negócios, mercado financeiro e muito mais diretamente no seu e-mail…

Indicados para você

Inscreva-se agora mesmo e fique por dentro do que acontece no mundo!

Resumo diário no seu e-mail sobre tecnologia, negócios, mercado financeiro e muito mais…