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O Senado Federal adiou a votação do Projeto de Lei do Mover para quarta-feira (5) após o relator, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), retirar do texto o dispositivo que acabava com a isenção de impostos para compras internacionais de até US$ 50. A decisão gerou discordâncias entre os senadores e a necessidade de mais tempo para análise e negociação.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), solicitou o adiamento, alegando “ruído de comunicação” e “confusão” em relação à matéria. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), acatou o pedido e convocou uma reunião privada com os senadores para buscar um acordo.
A retirada do dispositivo que taxaria as “comprinhas” também causou surpresa no governo e irritou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que havia negociado a inclusão da medida no projeto. Lira afirmou que tanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) não concordaram com a mudança e espera que o governo corrija o texto para a votação.
O relator Rodrigo Cunha justificou a retirada do dispositivo, considerando-o um “corpo estranho” no projeto do Mover. No entanto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a taxação das “comprinhas” e afirmou que o tema será debatido no plenário, onde a decisão da maioria prevalecerá.
O adiamento da votação do PL do Mover gera incertezas sobre o futuro da proposta e a possibilidade de um acordo entre os senadores e o governo. O Inova News continuará acompanhando os desdobramentos dessa questão e informando sobre as próximas etapas da tramitação do projeto.