Silveira Deve Recomendar Que Horário de Verão Não Seja Adotado em 2024; Decisão Final Será de Lula

O Ministério de Minas e Energia deverá recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o horário de verão não seja reativado em 2024.…
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O Ministério de Minas e Energia deverá recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o horário de verão não seja reativado em 2024. A expectativa no Palácio do Planalto é que o governo adie a medida devido à previsão de chuvas, que deve melhorar a situação dos reservatórios, e à pressão de setores industriais preocupados com o aumento de custos.

A recomendação oficial está prevista para ser anunciada nesta quarta-feira, 16 de outubro, pelo ministro Alexandre Silveira, que apresentará dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo fontes do governo, o ministro deverá basear a recomendação na melhoria das condições hídricas e na estabilidade do sistema elétrico até o final do ano. Apesar disso, a decisão final sobre a adoção do horário de verão ainda cabe ao presidente Lula.

Debate Impulsionado pela Crise Hídrica

O debate sobre a possível volta do horário de verão havia sido impulsionado pela crise hídrica, mas perdeu força com a chegada do período de chuvas, que trouxe alívio para os reservatórios. Dados recentes do ONS indicam que a situação hídrica está controlada para garantir o abastecimento de energia até o final de 2024. Além disso, outros fatores, como a pressão de setores da indústria preocupados com os custos operacionais, também influenciaram a decisão.

Impactos em Setores Diversos

Embora setores como o turismo, bares e restaurantes apoiem o retorno do horário de verão, argumentando que ele estimula o consumo, outras áreas, como o setor aéreo, se posicionaram contra a mudança. O setor aéreo alerta que a alteração abrupta de horário causaria dificuldades na malha de voos, principalmente em rotas internacionais, e exigiria meses de adaptação.

O ministro Silveira havia mencionado anteriormente que, caso fosse adotado, o horário de verão deveria vigorar de 15 de outubro a 30 de novembro, com relevância até dezembro. Contudo, Lula já sinalizou que não apoiaria o retorno da medida antes do segundo turno das eleições, que acontecerá em 27 de outubro.

Histórico e Economia

O horário de verão, que adianta os relógios em uma hora, foi implementado pela primeira vez no Brasil em 1931, sob o governo de Getúlio Vargas, com o objetivo de economizar energia. Desde 2019, a medida está suspensa por um decreto assinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério de Minas e Energia estimou que a reativação do horário de verão poderia gerar uma economia de até R$ 400 milhões. Para compensar essa economia, o governo estuda alternativas, como o uso de termelétricas mais baratas e o fortalecimento das linhas de transmissão da usina de Itaipu.

Em suas considerações, Silveira afirmou que as ações preventivas do governo têm garantido estabilidade energética para o ano, mas destacou que é preciso planejar de forma equilibrada a segurança no abastecimento e as tarifas, além de preparar estratégias para o futuro energético do país.

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Lucas Sales

Fundador e Redator do InovaNews

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