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Tallis Gomes, fundador da Easy Taxi e da Singu, renunciou aos cargos de CEO e presidente do conselho da G4 Educação, empresa que oferece cursos para empreendedores. O anúncio foi feito no sábado, 21 de setembro, após a repercussão negativa de uma fala machista de Gomes em suas redes sociais, que gerou críticas no meio empresarial.
Com a saída de Gomes, Maria Isabel Antonini, sócia e atual diretora financeira da G4, assumirá o cargo de CEO. Antonini, que tem mais de 20 anos de experiência na liderança de negócios, também foi CEO da Singu, outra empresa fundada por Gomes. A G4 reafirmou seu compromisso com a educação executiva e destacou o protagonismo da liderança feminina na companhia.
Gomes se pronunciou em suas redes sociais, afirmando que ouviu as críticas recebidas e que sua renúncia foi uma decisão para o bem da empresa. Ele admitiu que se expressou de maneira inaceitável sobre o papel das mulheres e disse que usará o ocorrido como aprendizado.
A polêmica começou quando Gomes, em uma postagem no Instagram, afirmou “Deus me livre de mulher CEO”, o que gerou uma série de reações, principalmente no LinkedIn, onde executivas destacaram o orgulho de serem líderes em grandes empresas. Apesar de pedir desculpas posteriormente, a repercussão negativa continuou.
Além da renúncia de Gomes, a marca de moda feminina Hope decidiu expulsá-lo do conselho consultivo da companhia, após críticas pela defesa inicial da herdeira da empresa, Sandra Chayo, em relação ao comentário de Gomes.
Várias líderes empresariais se manifestaram contra a fala de Gomes, incluindo Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, e Gabriela Onofre, presidente do Publicis Groupe no Brasil, entre outras executivas. Trajano, ao ser questionada sobre a parceria entre o Magalu e o G4, esclareceu que a relação com a empresa era pontual e repudiou a posição de Gomes.
Gomes ganhou projeção no mundo dos negócios em 2011, quando fundou a Easy Taxi, e, em 2016, criou a Singu. No entanto, suas declarações recentes afetaram sua imagem, gerando críticas sobre sua visão de liderança feminina e a conduta nas redes sociais.