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A empresa paulista WTorre, especializada em galpões de alto padrão, destinará R$ 320 milhões para a construção de um novo complexo logístico em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com previsão de conclusão em 2026.
A escolha por Betim foi influenciada pela localização estratégica e os incentivos fiscais oferecidos pelo governo de Minas Gerais. Segundo Abiner Albuquerque, diretor comercial da WTorre, a proximidade com Belo Horizonte e o fácil acesso às principais rodovias, como o Anel Rodoviário e a BR-381 (Fernão Dias), foram decisivos. “Aqui, conseguiremos atender praticamente todas as necessidades operacionais e logísticas de nossos clientes”, afirmou Albuquerque.
Crescimento do Setor em Minas Gerais
Minas Gerais tem se destacado no setor de galpões logísticos, ultrapassando o Rio de Janeiro como o segundo maior mercado do país, com 3,2 milhões de m² de área construída, atrás apenas de São Paulo, que lidera com 14 milhões de m². O mercado mineiro, de acordo com a SiiLA, empresa de inteligência de mercado imobiliário, viu um crescimento significativo nos últimos anos. No primeiro semestre de 2024, o estado registrou uma absorção de 135 mil m² de galpões logísticos, com uma taxa de ocupação de 91,4%, bem acima da média considerada saudável de 85%.
Albuquerque destacou o crescimento da região de Extrema, no sul do estado, mas ressaltou o interesse maior da empresa na RMBH, devido ao poder de consumo da região e aos números positivos do mercado. “Queremos uma posição de protagonismo em Belo Horizonte”, disse ele.
Fundos Imobiliários em Alta
O crescimento exponencial do setor de galpões logísticos nos últimos 10 anos – com um aumento de 455% na área locada no Brasil – tem tornado os fundos imobiliários desse segmento uma opção atraente para investidores. Fundos focados em galpões logísticos têm oferecido retornos em torno de 10% ao ano, tornando-se uma alternativa interessante de diversificação de investimentos, especialmente em um cenário de inflação controlada.
A escassez de terrenos disponíveis para novos projetos é, no entanto, um desafio. “A vacância controlada, em torno de 8,6% em Minas, indica que a demanda não é o problema, mas sim a disponibilidade de terrenos viáveis para a construção”, observou Albuquerque. Mesmo com a topografia desafiadora do estado, ele prevê um ciclo de expansão no Brasil nos próximos três a quatro anos, com mais três projetos já planejados em Minas Gerais.
Esse investimento da WTorre reafirma a força do setor logístico em Minas Gerais, que continua a atrair grandes players do mercado.